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Eu
rasguei todos meus votos, comecei tudo de novo
Escrevi
uns votos novos que em mim marquei a ferro e fogo
Com
unhas e dentes eu gravei na rocha minha nova lei
Com
suor e sangue frio eu imprimo minha vontade nos milênios
Não
me ouça: dê ouvido à vida, dê voz ao corpo!
O
conhecimento indispensável se acessa apenas em silêncio
Quando
nos comunicamos nós já não nos prezamos
Pois,
o que pode ser comum sempre terá pouco valor
A
alegria de um novo encontro é o que me induz a procurar
Levantar
âncora em busca de outro mar, içar vela, navegar
A
minha maldade reluz, cheia de alegria solar
No
meu meio dia se proteja da minha luz ou você irá se queimar
A
vida a mim se entrega mansa e me recompensa
Por
minha coragem em desembainhar a espada ao lançar-me a ela
Devolve
a mim o meu melhor: o direito à minha tarefa
E
ainda aumenta o meu fardo, seu peso já não bastava!
A
vida me ensinou a renascer, a ansiar por mais viver
Como
guerreiro zombeteiro ela me ama, eu acendo a sua chama...
Já
fui Prometeu no Cáucaso, poeta nietzschiano,
Liberto,
pois, a mulher que encontra em mim a criança agora quer brincar!
Como
poderia minha verdade valer pra todo mundo?
É
preciso livrar-se do mau gosto de estar de acordo com muitos!
No
fim das contas, tudo será como é e sempre foi:
As
coisas grandes para os grandes, os abismos pros profundos,
As
branduras pros sutis e, em resumo, as coisas raras para os raros
Nós
passamos tempo demais olhando para trás
De
hoje em diante, vamos fazer diferente: vamos olhar para frente
Se a
voz da morte me diz: “Tudo
é igual! Nada vale a pena...”
A
vida canta que – Nada
é igual! Tudo vale a pena!

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