Meu
amor é uma fênix: prefere morrer a viver eternamente
Me
amar é um fardo: é assim — meu amor por mim
Quando
eu amo eu quero com as dores do parto parir um deus
Na
mira do dardo, um tiro certeiro, um peso pesado
Eu
também sacrifiquei meu primogênito no fogo de um altar sacrificial:
Credor
— pago com amor, pois criei assim o meu bem e meu mal
Inventei
pra mim o meu cantar que me faz tirar leite das pedras
Das
tripas coração, de onde tiro agora também esta canção
No
calor da batalha, no meio da luta
Sou
filho do sol e filho da puta
No
silêncio da estrada, no meio do caminho
Sou
imperador apóstata, o anticristo e o deus do vinho
Toda
crítica é uma sedução; toda sedução: corrupção da juventude
Condena-me
à cicuta a justiça com a sua força bruta!
Passei
o dia inteiro fugindo da razão, além de negador, também fui a negação
Na
hora mais silenciosa eu tive que dizer “não”
O
martelo do juiz e o cassetete da polícia — mal sabem eles que pimenta é uma
delícia!
E a
educação pública é a “máscara de flandres” da nova república
Que
não me ouçam eu perdoo, que não me escutem – é imperdoável
Enquanto
vivo for, da colisão de consciências serei catalisador

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