Há
quem tema quem tenha sido “imposto”
E
prefira em seu lugar um impostor
Que
finge ser ungido de luz
Quando
é recheado de pus
Há
quem rastejando no esgoto veja
Menor
aquele que voa mais alto
E
prepare para ele uma cruz
E um
inferno na Terra depois
Na
era da presunção arde
A
fogueira das vaidades
Não
me perdoam que eu não inveje
Todas
as suas pequenas virtudes
Pra
baixo, todo santo ajuda
Pro
alto, é um deus nos acuda
Chamam
a frugalidade de pobreza
Pois,
nunca saberão da minha riqueza
Eu
sigo sem eira nem beira
Vou
dando nó em goteira
E
quando eu voei para bem longe
Também
me enojei da sua caveira
Já
vejo queimar a grande cidade
Em
uma gigantesca coluna de fogo
Talvez
terá sido pela faísca
Que
sempre salta dos meus olhos
— Me
dou a liberdade de medir minha distância dos “cristãos” em anos-luz!
— E
me reservo o direito de enfiar no rabo dessa gente sua cruz!
—
Celebro o segredo consagrado à recôndita câmara do espírito!
—
Nunca tendo sido um “cristão”, sempre têm me tomado pra Cristo!

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