segunda-feira, 21 de maio de 2018

08. Blaß-Fêmea





A Terra agora é plana: a Terra das suas “manas”
É cheia de minas: um campo minado, suas meninas
Lugar comum é a vala e quem consente também cala
Não há “lugar de fala” pra quem “dá bom dia a cavalo”

E eu, que não engulo sapo, só chupo perereca
Também não mato a fome esfregando a minha barriga
E eu, que penetro onde não me chamaram, sou xereta
Não agride ninguém, nem mata a minha vontade uma punheta

Eu não quero roubar o “protagonismo” desse sofismo
A história sempre foi “apropriação” do que é “cultural”
No entanto, reconheço do ressentimento um outro racismo
E ataco — porque posso — seu mau-caráter intelectual!

E eu, se acusado de “silenciamento”, for censurado
Não abriria mão do privilégio — de ser culpado!
Pois, não me desfaço da liberdade de pensamento e expressão:
A isso que uns chamam de “radical” — só poda os galhos, não tem razão!

Por fim, aprendi de um livro e também da vida
Esta verdade que coça até sangrar e abre a ferida:
Buon cavallo e mal cavallo vuole sprone,
Buona femmina e mala femmina vuol bastone

"Eu tenho alergia a homem!"
E os feministos latem: au!
"Todo homem é um estuprador em potencial!"
E os feministos latem: au!
"Que pena que um homem vem grudado em um pau!"
E os feministos latem: au!
"Pobre de mim, mulherzinha indefesa, seu homem mal!"
E os feministos latem: au!

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